02/09/2010

KENDELL GEERS" ARTISTA SUBVERSIVO"


Na aula proferida em 01/09/2010 a Professora Maria Bernadete Tonetto fez inúmeras citações com base na obra "Movimento Anarquista" do Artista Sul-Africano Kendell Geers(foto à esquerda), e suas linguagens voltadas a nós comunicadores formadores de opinião. Agora trago a minha colaboração graças às informações contidas no Jornal O País(Talatona/Ruanda do Sul).


Artista plástico sul-africano conhecido por “o terrorista da estética”

"O sul-africano Kendell Geers, um do mais controverso artista africanos da atualidade, é mais um nome de topo que vai participar na Trienal de Luanda em 2010. As suas obras são diferentes. Para muitos, diferentes demais. considerou a arte angolana uma das mais vibrantes do mundo.
Não sabíamos o que havíamos de esperar antes de conhecer pessoalmente o controverso artista sul-africano Kendell Geers. Apanhamos a personagem no final da sua primeira viagem a Angola. A entrevista decorreu no Hotel Trópico, destino comum de tantos estrangeiros ilustres.
Só que Kendell Geers está longe de ser um estrangeiro comum. A sua arte é moderna, ousada, berrante, polêmica, repleta de mensagens explicitas. É sabido que a arte raramente tem limites. Os artistas esforçam-se por ir além das expectativas. Por vezes, até para além do razoável. Só que, para muitos, Kendell vai longe demais. Consideram a sua arte não só provocante como também ofensiva.
Por todas estas razões estávamos um pouco apreensivos antes do encontro com Kendell Geers. Afinal estava à nossa espera, sentado tranquilamente no bar, um homem de calças de ganga e uma t-shirt banal, sorvendo pequenos goles de cappuccino e discorrendo sobre como era difícil telefonar para a filha através do Skype (via Internet).
O currículo de Geers é demasiado extenso para o listarmos aqui. Já realizou exposições em vários países em quatro continentes. Os seus trabalhos fazem parte do espólio de prestigiadas coleções tais como a do Museu Nacional de Arte Moderna do Centro George Pompidou, em Paris, ou a de Arte Contemporânea da Fundação Sindika Dokolo, sediados em Luanda. Geers é considerado o mais controverso artista africano da atualidade. A crítica apelida-o de “um espinho na carne dos curadores de arte” ou o “terrorista da estética” devido às suas obras radicais e perturbadoras que misturam temas como a violência, o sexo e a religião.
Ele até pode ter estudado Belas Artes na prestigiada Wits (Universidade de Witwatersrand, em Johanesburgo), mas as suas telas não são propriamente belas, muito menos clássicas. São mais do gênero de um “murro no estômago”.
Este é o homem que atirou um tijolo à janela de uma galeria de arte em Amsterdã e se fez passar por um terrorista que tinha armado uma bomba dentro das instalações (oxalá não repita a proeza na Trienal de Luanda).
Os seus trabalhos mais célebres incluem um crânio de esqueleto pintado com spray a preto e branco (o nome da peça é impublicável) ou a figura de Cristo a morrer na cruz, amarrado com fitas adesivas brancas e vermelhas (obra desaconselhável ao público mais religioso). O Centro de Arte Contemporânea, em Gateshead, onde Geers realizou a primeira exposição individual em solo britânico, em 2007, descreveu-o como um artista que “testa os limites dos códigos morais procurando implodi-los, para depois recriá-los”.
Transcrito após revisões por:Antonio Carlos de Lima-"Toninho Carlos"
Estudante de Comunicação Institucional na Unicid



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