A propósito dessa capenga,
falha e falsa exposição sobre a Estação armênia do Metrô, se
fazem necessárias algumas reparações quanto à mudança do nome de “Estação
Ponte Pequena” para “Estação Armênia”, pois fatos não se
deram como se quer fazer crer as falsas e inverídicas alegações de como ocorreu
essa mudança.
Falo com conhecimento de causa por ter pertencido a então administração do
Governo e como militante do PMDB, onde tive o prazer de conhecer o Dr.
Simão kerimian, então Suplente de Deputado Estadual e excelente companheiro
e muito conhecido e respeitado como “o armênio”, por defender em todas as
oportunidades a causa do seu povo e, também, muito ligado à cúpula dos então
dirigentes como: Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas (falecido), Montoro (falecido), Almino
Affonso, Aloysio Nunes Ferreira, entre outros.
A reivindicação da mudança do nome da Estação do Metrô “Ponte Pequena” para “Estação
Armênia” surgiu, pelo que se sabe e era corrente na administração do
Governo do PMDB de que em abril de 1981, de um apelo do então Suplente de
Deputado Estadual Simão Kerimian ao então Senador Franco
Montoro, que por ele convidado, compareceu para as homenagens aos Mártires
Armênios, durante a tradicional procissão da Igreja Armênia São Jorge ao
Monumento dos Mártires Armênios, na Praça Armênia, no trajeto, o então Senador
Montoro, prometera inaugurá-la se eleito Governador. Compromisso que assumira
em seu pronunciamento no local. Nesse ínterim regressava do exílio, o
respeitado Almino Affonso, muito chegado ao Simão,
então Relações Públicas da Comunidade Armênia, fora convidado pelo já
Governador Franco Montoro e aceitara ser o Secretário do
Metropolitano, fora então inteirado pelo Simão da promessa
feita por Montoro. Cobrou do Governador, que confirmou a Almino a
promessa e o incumbira para providenciar a formalização legal da mudança junto
ao Governo do Estado, cuja justificativa, a pedido de Almino fora
elaborada pelo Simão. A inauguração da mudança para o novo
nome de “Estação Armênia do Metrô” fora realizada em 12 de novembro
de 1.985.
Não existiu
a enganosa afirmação de que “no início da década a Comunidade
Armênia de São Paulo fizera uma grande mobilização”, com afirmação
mentirosa e capciosa de que “conseguiu convencer o então Governador
Franco Montoro para que ajudasse no lobby da alteração do nome da Estação Ponte
Pequena do Metrô para Armênia”.
Também não procede a afirmação de que “a Igreja
Central Evangélica Armênia fora construída ao lado da Estação...”,
quando a mesma já existia no local há muitos e muitos anos antes.
Vocês deveriam se envergonhar e ter mais responsabilidades e ter melhor
conhecimento sobre sua Comunidade a não ser que esse site seja feito por turcos
ou infiltrados. Consultem documentos oficiais existentes ou simplesmente leiam
às páginas 262 a 271 do livro“Massacres de Armênios”, de
Nubar Kerimian, onde há o relato fiel dos fatos documentados para não
escreverem bobagens mentirosas, sem fundamento, que os colocam como
detratores da realidade dos fatos.
Vocês criminosamente omitem o nome de Simão, um líder que com um
trabalho honesto defendeu a dignidade do povo armênio do qual descende e que
honra a memória de seus ascendentes. A Estação Armênia do Metrô está
ai graças ao seu Trabalho.
Ainda tem mais um outro detalhe, o ex-presidente Jânio Quadros (falecido),
então Prefeito Municipal de São Paulo, atendendo pedido formulado
pelo Pároco da Igreja das Almas (Católica), solicitou, com um ofício ao então
Governador Franco Montoro, a anulação da mudança do nome da
Estação, então Simão, juntamente com o saudoso Fernando
Gasparian, posteriormente Constituinte, em 1988, intervieram
junto ao Governador, anulando a pretensão de Jânio.
A bem da verdade conheço a verdadeira
história e o que tem sido veiculado é uma estória, ou seja, inverídica e
caluniosa.
As fotos supra se referem à segunda
edição do livro Massacres de Armênios,
escrito por Nubar kerimian, li as duas edições e conheço essa ilustre família
havia mais de trinta anos, inclusive seus falecidos pais, pelo fato de estarem radicados
na região norte há várias décadas, ou precisamente no Bairro do Imirim.
Antônio Carlos de Lima-“Toninho
Carlos”
Analista em Comunicação Social,
Jornalista, Professor Voluntário de Redação e Redator.