07/09/2010

UNILA

O enunciado abaixo foi citado no programa dia 06/09/2010 na TV-NBR(Estatal)pela Professora Maria Paula Dallari Bucci, Secretária de Eduação Superior do MEC.
Antonio Carlos de Lima-"Toninho Carlos"

“O dia 2 de setembro de 2010 ficará não apenas na história da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), mas certamente marcará a América Latina como um dia em que a “semente da integração” foi plantada. Foi assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu a sua participação na criação da UNILA, durante a Aula Inaugural que ministrou na Universidade. Ovacionado pelo público em diversos momentos de sua fala, o presidente Lula discursou para uma platéia de mais de 500 pessoas, que lotou o Cine teatro Barrageiro da Itaipu Binacional.

Além dos alunos da UNILA, assistiram à Aula Inaugural professores, funcionários da UNILA, do PTI e da Itaipu Binacional, autoridades diversas e a imprensa. O presidente iniciou sua fala destacando que “a Unila é um novo marco histórico na vida dessa fronteira, que vem redimir a sombra de um passado incompatível com as aspirações seculares dos nossos povos”. Na visão de Lula, “o maior desafio da Unila é tornar-se a alma gêmea da integração regional, uma caixa de ressonância, ouvida e respeitada, com um centro avançado de referência e mobilização da inteligência latino-americana”.

Durante seu discurso, Lula contextualizou as origens da desigualdade social latino-americana e os problemas econômicos e sociais enfrentados pelos países latinos. “Felizmente, hoje, esse nosso continente, secularmente dividido e diminuído em sua identidade geopolítica e cultural, vive um novo tempo”. Para o presidente, “algo que parecia ser perdido, ou talvez nunca tenha existido entre nós, começa a pulsar em nossos corações: o sentimento de pertencer a uma mesma comunidade de destino. Ser latino-americano hoje, meus queridos companheiros e companheiras da primeira turma da UNILA, significa fazer parte da mais promissora fronteira da luta por justiça social do século 21”.

Na seqüência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu uma verdadeira aula sobre democracia, tomando como exemplo sua própria trajetória política: de torneiro mecânico a chefe de Estado do maior país da América Latina. Ele lembrou, por exemplo, do desapontamento pelo número de votos na primeira eleição que disputou, em 1982, e da luta que se seguiu nos anos posteriores. “Estou dizendo isso porque essa Universidade vai formar uma nova consciência política na América Latina. Possivelmente, daqui a 10, 15, 20 ou 25 anos, nós já teremos uma doutrina, na América Latina, criada por esta universidade”, destacou.

Obsessão

Segundo Lula, criar uma Universidade Latino-Americana era sua obsessão. Porém, hoje, de acordo com o presidente, os países da América Latina são mais confiantes em si próprios. “A coisa mais extraordinária que nós conquistamos na América Latina, hoje, é a autoestima. Nós gostamos de nós, nós temos orgulho do que nós somos nós temos orgulho”.

“Depois de 200 anos, nós estamos aprendendo a andar com as nossas pernas, a enxergar com os nossos olhos, a falar pela nossa boca e a pensar pela nossa cabeça. E quando isso acontece, aí, sim, nós estamos conquistando definitivamente a nossa independência”, bradou o presidente, que encerrou seu discurso desejando sorte para a UNILA”







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