28/06/2012

CBN AM NO BAIRRO ORIENTAL DA LIBERDADE




 Liberdade, bairro de característica nipônica a miscelânea cultural é contrastante e a CBN/AM/SP esteve presente a apontou os inúmeros problemas da megalópole São Paulo.

Escreveu:

Antonio Carlos de Lima-“Toninho Carlos”

ESTAÇÃO ARMÊNIA, A VERDADE DOS FATOS!




A propósito dessa capenga, falha  e falsa exposição sobre a Estação armênia do Metrô, se fazem necessárias algumas reparações quanto à mudança do nome de “Estação Ponte Pequena” para “Estação Armênia”, pois fatos não se deram como se quer fazer crer as falsas e inverídicas alegações de como ocorreu essa mudança.

                        Falo com conhecimento de causa por ter pertencido a então administração do Governo e como militante do PMDB, onde tive o prazer de conhecer o Dr. Simão kerimian, então Suplente de Deputado Estadual e excelente companheiro e muito conhecido e respeitado como “o armênio”, por defender em todas as oportunidades a causa do seu povo e, também, muito ligado à cúpula dos então dirigentes como: Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas (falecido), Montoro (falecido), Almino Affonso, Aloysio Nunes Ferreira, entre outros.

                        A reivindicação da mudança do nome da Estação do Metrô “Ponte Pequena” para “Estação Armênia” surgiu, pelo que se sabe e era corrente na administração do Governo do PMDB de que em abril de 1981, de um apelo do então Suplente de Deputado Estadual Simão Kerimian ao então Senador Franco Montoro, que por ele convidado, compareceu para as homenagens aos Mártires Armênios, durante a tradicional procissão da Igreja Armênia São Jorge ao Monumento dos Mártires Armênios, na Praça Armênia, no trajeto, o então Senador Montoro, prometera inaugurá-la se eleito Governador. Compromisso que assumira em seu pronunciamento no local. Nesse ínterim regressava do exílio, o respeitado Almino Affonso, muito chegado ao Simão, então Relações Públicas da Comunidade Armênia, fora convidado pelo já Governador Franco Montoro e aceitara ser o Secretário do Metropolitano, fora então inteirado pelo Simão da promessa feita por Montoro. Cobrou do Governador, que confirmou a Almino a promessa e o incumbira para providenciar a formalização legal da mudança junto ao Governo do Estado, cuja justificativa, a pedido de Almino fora elaborada pelo Simão. A inauguração da mudança para o novo nome de “Estação Armênia do Metrô” fora realizada em 12 de novembro de 1.985.

                        Não existiu a enganosa afirmação de que “no início da década a Comunidade Armênia de São Paulo fizera uma grande mobilização”, com afirmação mentirosa e capciosa de que “conseguiu convencer o então Governador Franco Montoro para que ajudasse no lobby da alteração do nome da Estação Ponte Pequena do Metrô para Armênia”.

                        Também não procede a afirmação de que “a Igreja Central Evangélica Armênia fora construída ao lado da Estação...”, quando a mesma já existia no local há muitos e muitos anos antes.

                        Vocês deveriam se envergonhar e ter mais responsabilidades e ter melhor conhecimento sobre sua Comunidade a não ser que esse site seja feito por turcos ou infiltrados. Consultem documentos oficiais existentes ou simplesmente leiam às páginas 262 a 271 do livro“Massacres de Armênios”, de Nubar Kerimian, onde há o relato fiel dos fatos documentados para não escreverem  bobagens mentirosas, sem fundamento, que os colocam como detratores da realidade dos fatos.

                        Vocês criminosamente omitem o nome de Simão, um líder que com um trabalho honesto defendeu a dignidade do povo armênio do qual descende e que honra a memória de seus ascendentes. A Estação Armênia do Metrô está ai graças ao seu Trabalho.  

                        Ainda tem mais um outro detalhe, o ex-presidente Jânio Quadros (falecido), então Prefeito Municipal de São Paulo, atendendo pedido formulado pelo Pároco da Igreja das Almas (Católica), solicitou, com um ofício ao então Governador Franco Montoro, a anulação da mudança do nome da Estação, então Simão, juntamente com o saudoso Fernando Gasparian, posteriormente Constituinte, em 1988, intervieram junto ao Governador, anulando a pretensão de Jânio.

A bem da verdade conheço a verdadeira história e o que tem sido veiculado é uma estória, ou seja, inverídica e caluniosa.
As fotos supra se referem à segunda edição do livro  Massacres de Armênios, escrito por Nubar kerimian, li as duas edições e conheço essa ilustre família havia mais de trinta anos, inclusive seus falecidos pais, pelo fato de estarem radicados na região norte há várias décadas, ou precisamente no Bairro do Imirim.


Antônio Carlos de Lima-“Toninho Carlos”
Analista em Comunicação Social, Jornalista, Professor Voluntário de Redação e Redator.


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