24/09/2010

FIESP



Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE

Carlos Rodolfo Schneider, membro do Cosec da Fiesp

São Paulo -
17/09/2010


Brasil vai priorizar fontes hidroelétricas na próxima década

Presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apresentou o Plano Decenal de Energia aos membros do Conselho Superior de Infra-instrutora (Coinfra) da FIESP
"A perspectiva de crescimento da economia brasileira vem acompanhada do desafio de garantir energia para o desenvolvimento. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, é responsável pelo planejamento do setor no País e prevê investimentos de quase R$ 1 trilhão até 2019.

Na próxima década, o setor passará por transformações significativas, de acordo com informações do presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Para atender à demanda, a geração de energia elétrica terá de crescer 63 mil Megawatts em dez anos e o Brasil passará de importador para exportador de petróleo e derivados. “Até 2019 o Brasil vai priorizar fontes hidroelétricas e alternativas, como as eólicas”, exemplificou Tolmasquim.

Entretanto, ele explicou que 60% do potencial hidroelétrico encontram-se no bioma amazônico e dois terços dele não poderá ser utilizado por conta dos impactos ambientais. “É preciso compatibilizar o aproveitamento do potencial com a preservação do meio ambiente”, pontuou.

A decisão de o País investir na construção de novas usinas hidroelétricas não significa que as termoelétricas estão descartadas. “Se as licenças ambientais não saírem, teremos de recorrer às térmicas”, alertou.

O governo prevê maior geração de bioeletricidade, com aproveitamento do bagaço da cana. “São Paulo tem grande potencial para produção de bioeletricidade e a expansão caminha em direção ao Centro-Oeste”, destacou.

Segundo o presidente da EPE, mesmo com algumas mudanças, a matriz energética brasileira manterá alto índice de renovabilidade, com 72%. “Nossa idéia é que a matriz continue a ser majoritariamente renovável”, acrescentou.

Petróleo

Em dez anos, a previsão é que a produção brasileira de petróleo passe de 2 milhões de barris por dia para 5 milhões de barris por dia. O gás natural, que atualmente tem um volume diário de 100 milhões de metros cúbicos (contando com o insumo importado da Bolívia) para 167 milhões de metros cúbicos em 2019. A partir de 2014, o Brasil também passará de importador para exportador de óleo diesel.

O consumo de etanol também deverá aumentar. De acordo com dados obtidos pela EPE, 93% dos automóveis comercializados têm motor flexfuel e 70% dos proprietários optam por abastecê-los com etanol.

Atualmente o País exporta 3,3 bilhões de litros de etanol e em 2019 deverá atingir a marca de 10 bilhões de litros. A produção, que hoje é de 27 bilhões de litros, deverá alcançar 64 bilhões de litros de etanol em 2019.

Apontado como um dos grandes emissores de gases de efeito estufa, o setor energético se defende. Segundo Tolmasquim, 60% das emissões brasileiras são originadas pelo uso da terra, 26% da agricultura e apenas 14 % do setor energético.

“Se o Brasil resolver o problema do desmatamento seremos um dos países com menores índices de emissão de gases de efeito estufa”, argumentou.
Brasil vai priorizar fontes hidroelétricas na próxima década

Presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apresentou o Plano Decenal de Energia aos membros do Conselho Superior de Infra-estrutura (Coinfra) da FIESP
A perspectiva de crescimento da economia brasileira vem acompanhada do desafio de garantir energia para o desenvolvimento. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, é responsável pelo planejamento do setor no País e prevê investimentos de quase R$ 1 trilhão até 2019.
Na próxima década, o setor passará por transformações significativas, de acordo com informações do presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Para atender à demanda, a geração de energia elétrica terá de crescer 63 mil Megawatts em dez anos e o Brasil passará de importador para exportador de petróleo e derivados.
“Até 2019 o Brasil vai priorizar fontes hidroelétricas e alternativas, como as eólicas”, exemplificou Tolmasquim.
Entretanto, ele explicou que 60% do potencial hidroelétrico encontram-se no bioma amazônico e dois terços dele não poderá ser utilizado por conta dos impactos ambientais. “É preciso compatibilizar o aproveitamento do potencial com a preservação do meio ambiente”, pontuou.

A decisão de o País investir na construção de novas usinas hidroelétricas não significa que as termoelétricas estão descartadas. “Se as licenças ambientais não saírem, teremos de recorrer às térmicas”, alertou.

O governo prevê maior geração de bioeletricidade, com aproveitamento do bagaço da cana. “São Paulo tem grande potencial para produção de bioeletricidade e a expansão caminha em direção ao Centro-Oeste”, destacou.

Segundo o presidente da EPE, mesmo com algumas mudanças, a matriz energética brasileira manterá alto índice de renovabilidade, com 72%. “Nossa idéia é que a matriz continue a ser majoritariamente renovável”, acrescentou.
Petróleo

Em dez anos, a previsão é que a produção brasileira de petróleo passe de 2 milhões de barris por dia para 5 milhões de barris por dia. O gás natural, que atualmente tem um volume diário de 100 milhões de metros cúbicos (contando com o insumo importado da Bolívia) para 167 milhões de metros cúbicos em 2019. A partir de 2014, o Brasil também passará de importador para exportador de óleo diesel.

O consumo de etanol também deverá aumentar. De acordo com dados obtidos pela EPE, 93% dos automóveis comercializados têm motor flexfuel e 70% dos proprietários optam por abastecê-los com etanol.

Atualmente o País exporta 3,3 bilhões de litros de etanol e em 2019 deverá atingir a marca de 10 bilhões de litros. A produção, que hoje é de 27 bilhões de litros, deverá alcançar 64 bilhões de litros de etanol em 2019.

Apontado como um dos grandes emissores de gases de efeito estufa, o setor energético se defende. Segundo Tolmasquim, 60% das emissões brasileiras são originadas pelo uso da terra, 26% da agricultura e apenas 14 % do setor energético.

“Se o Brasil resolver o problema do desmatamento seremos um dos países com menores índices de emissão de gases de efeito estufa”, argumentou.
“Se o Brasil resolver o problema do desmatamento seremos um dos países com menores índices de emissão de gases de efeito estufa”, argumentou.
Na segunda parte da reunião do Coinfra, o empresário e membro do Conselho Superior de Economia (Cosec) da FIESP, Carlos Rodolfo Schneider, apresentou a proposta do movimento “Brasil Eficiente”.

O movimento tem por objetivo sensibilizar a população, a classe política e, sobretudo, os candidatos em fase pré-eleitoral sobre a importância de diminuir o peso da carga tributária sobre o setor produtivo, simplificar e racionalizar a complicada estrutura fiscal, melhorando a gestão dos recursos públicos.

“Precisamos trabalhar juntos, unificar as propostas das entidades e da sociedade civil”, argumentou Schneider. Segundo ele, o movimento já tem adesões importantes, como da TV Globo e do cartunista Ziraldo, que desenhou uma cartilha popular.

O movimento defende uma melhor eficiência do Estado brasileiro para concorrer no cenário internacional e desacelerar o crescimento das importações asiáticas. “O Brasil é campeão em horas gastas com pagamentos de impostos”, ilustrou.
Segundo o industrial, o investimento do País vem diminuindo ao mesmo tempo em que a despesa pública está aumentando.

Outra preocupação diz respeito à diminuição da participação da indústria no PIB brasileiro. Há dez anos, este setor representava 25% do PIB total e em 2010 o resultado é de 14,5% com tendência de queda. “É uma luz amarela que se acende”.
Lucas Alves, Agência Indusnet FIESP

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